“O Ministério do Planejamento orientou que os Correios deixassem de reconhecer uma dívida de R$ 1 bilhão que tinham com o Postalis. Orientação que vem de cima para baixo é ordem. Esse R$ 1 bilhão virou passivo para o Postalis e ativo para os Correios. Num passe de mágica contábil, os Correios tiveram um superávit de R$ 1 bilhão. É uma pedalada”, afirmou Efraim Filho.
Dos R$ 5,6 bilhões de déficit reconhecido pelo Postalis, cerca de R$ 1 bilhão se refere a valores não pagos pelos Correios relativos à chamada Reserva Técnica de Serviço Anterior (RTSA). Os Correios assumiram o pagamento desse valor, mas há divergências no governo quanto à responsabilidade da dívida.
Para Efraim Filho, o não pagamento deixou o recurso livre no caixa da estatal, numa espécie de manobra contábil.
Aos parlamentares da CPI, Conquista admitiu que já ter discutido a situação Postalis com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato, que investiga suspeita de desvios de recursos na Petrobras, também investigados pelos deputados que integram a CPI da Petrobras (veja reportagem na página ao lado).
Uma auditoria feita pelos Correios aponta que a gestão de Antonio Conquista à frente do Postalis provocou, apenas nos últimos dois anos, prejuízo de R$ 2,6 bilhões nas contas do fundo.
As suspeitas de irregularidades na administração do fundo foram alvo de investigação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), vinculada ao Ministério da Previdência Social, e também estão sendo apuradas pela Polícia Federal.
As suspeitas de irregularidades na administração do fundo foram alvo de investigação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), vinculada ao Ministério da Previdência Social, e também estão sendo apuradas pela Polícia Federal.
e Jornal Folha Informa
Fotos / L Barbosa
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